sexta-feira, 27 de dezembro de 2013


FELIZ  NATAL   DO  SENHOR  2013  -  ABENÇOADO  ANO  NOVO  -  2014

 


 

                       Querido Irmão, querida irmã

 

PAZ E BEM – NASCEU O PRINCIPE DA PAZ

 

Com o Papa Francisco, vamos a Belém, onde como no primeiro Natal, também neste de 2013, nasce para nós o Príncipe da Paz.

 

O Papa Francisco, Vigário do Príncipe da Paz, particularmente preocupado, diante da desgraça de uma eminente guerra, que poderia se alastrar por toda a humanidade, convoca a Igreja inteira, para um dia de jejum e oração

 

Eis suas palavras.

 

 “A Humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz... Peçamos a Maria, que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é Mãe. Que Ela nos  ajude a encontrar a paz, todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a supera este momento de difícil e a nos comprometermos a construir, todos e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai Poe nós”, (Papa Francisco, ao convocar a Igreja inteira  para um dia de jejum e de oração pela paz).

 

Neste Natal, como em todos os Natais, vamos encontrar o Príncipe da Paz, Senhor Rei do Universo em uma manjedoura, como uma criança pobre, frágil, indefesa e carente,igual a milhões de outras espalhadas pelo mundo, numa sociedade descristianizada, egoísta e gananciosa,  

 

Maria, Rainha da Paz, Auxiliadora do Povo Cristão, nos ajuda com a força do Diálogo, da Reconciliação e do Perdão e Amor, a vivermos um Natal Feliz na paz com Deus e com os Irmãos, na Igreja e na Sociedade.

 

Querido Irmão, querida irmã, como Discípulos e Missionários, com o Menino que nos foi dado, em Belém, partimos do presépio alegres e esperançosos, comprometidos com a construção de um mundo mais justo, fraterno e solidário

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Caro irmão, cara irmã , e a quantos lhe são queridos, os votos de Feliz Natal – 2013  e Frutuoso Ano Novo – 2014, do seu sempre irmão e amigo, em Cristo, Bom Pastor, Príncipe da Paz.

 

 
                      Dom Fernando Legal, SDB

                      Bispo Emérito de São Miguel Paulista.

           

  

 

 

 

 

 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. João Croimans

Mensagem pelo  Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. João Croimans

07 de Julho de 2013

Caríssimo irmão no sacerdócio,
Pe. João Croimans

“...alegrai-vos porque vossos nomes estão escritos no céu”, (Lc 10,20).

Ao cumprimentá-lo pela celebração de suas Bodas de Ouro de Sacerdócio, tenho em mente o texto do evangelho de Lucas, em que os setenta e dois discípulos são enviados por Jesus dois a dois, a todas as cidades e lugares, para onde ele mesmo devia ir.

Uma vez cumprida a missão, os discípulos se apresentam ao Mestre e cheios de alegria relatam o sucesso que tinham obtido a ponto de os demônios se submeterem a eles: “Senhor, até os demônios se submetem a nós, em virtude do vosso Nome”, (10,17).

 O Mestre participa da alegria de seus discípulos pelo sucesso da missão que lhes confiara e lhes fala de uma outra alegria infinitamente superior:  “alegrai-vos porque vossos nomes estão escritos no céu” (10,20).

Caríssimo Pe. João, esta alegria dos setenta e dois discípulos é também a alegria que hoje experimenta o senhor, depois de cinqüenta anos, desde o dia em que na Bélgica, sua querida pátria, o mesmo Jesus o escolheu e o fez seu sacerdote, confiando-lhe a sublime missão de ser na Igreja e no mundo a presença atuante de Cristo, sumo e eterno sacerdote.

Por disposição divina, o horizonte dessa missão se alarga, e o conduz por mares e caminhos nunca antes navegados ou caminhados, até a cidade que herdou do Apóstolo Paulo, o nome e o exuberante ardor missionário, a metrópole cosmopolita de São Paulo, no coração do Brasil.

Aqui, poucos anos depois de sua ordenação sacerdotal, com todo vigor de jovem sonhador, acalentando projetos desafiadores para seu insipiente ministério de padre e de missionário, em uma realidade nova e tão diferente da vivida até então, mas fortalecido pela força do evangelho, o senhor mergulhou de corpo e alma na missão de evangelizar: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todas as criaturas. Aquele que crer e for batizado será salvo” (Mc16, 15s).

A preocupante falta de sacerdotes para atender principalmente a população da periferia desta cidade, cuja população que crescia significadamente, despertou em seu coração o espírito missionário que o levou a aceitar o divino  chamado e é paternalmente acolhido pelo então Arcebispo de São Paulo, Card. Agnelo Rossi.

Hoje, depois  de cinqüenta anos de padre, dos quais quarenta e sete dedicados com fidelidade e perseverança à ação evangelizadora da Igreja, entre nós, especificamente na Paróquia de Santo Antônio, de Vila Ré, o senhor se apresenta ao Divino Mestre, com a consciência tranqüila de ter cumprido a missão.

Ninguém melhor do que Ele, o primeiro e o mais importante evangelizador, para avaliar e partilhar consigo a felicidade pela riqueza das maravilhas que nesses longos e frutuosos realizadas senhor e através do senhor realizadas  no  rebanho, desta sofrida periferia leste de São Paulo.

Grande parte desses cinqüenta anos de sacerdócio, o senhor os viveu na Igreja do Brasil, primeiro na Arquidiocese de São Paulo e depois na Diocese de São Miguel Paulista.  O Brasil tornou-se sua segunda pátria, é simplesmente sua pátria, como o é a Belgica e nos orgulhamos com isto.

Pessoalmente quero de coração e com afeto fraterno agradecer-lhe a preciosa colaboração que tive de sua parte nos dezenove anos em que estive à frente da Diocese de São Miguel Paulista como seu primeiro Bispo Diocesano.

Como servo bom e fiel, a melhor parte desta sua alegria é o tesouro da missão cumprida, que jamais lhe será tirada: “juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem nem os ladrões assaltam e roubam” (Mt 6, 19).

Termino com o ensinamento de Jesus no texto de Mateus em que dialoga com o jovem rico, que não teve a coragem de se desfazer de sua riqueza  para segui-Lo. (Mt 19, 16-30). 

Diante da recusa ao convite de Jesus: “Vai, vende tudo o que possuis e dá aos pobres e terás um tesouro no céu. Vem depois e segue-me”, (Mt 19, 21), motivado por possuir muitos bens, o encontro do  jovem rico, com o Mestre, tem um final melancólico com o triste afastamento do jovem e a dolorosa conclusão: “E Jesus disse a seus discípulos: Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do céu”, (Mt 19, 23).

Diante desta atitude negativa do jovem rico, temos o questionamento de Pedro sobre a recompensa que terão aqueles que renunciarem a tudo para segui-Lo, de acordo com Seu convite: “Eis que nós abandonamos tudo e vos seguimos. Que haverá então para nós ?” (Mt 19, 27).

O questionamento de Pedro tem como resposta de Jesus: “E todo aquele que abandonar casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou esposa, ou filhos, terras, por causa de meu nome, receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna”, (Mt 19, 29).

Querido Pe. João, como é edificante conhecer suas renúncias feitas com alegria, em vista de sua missão de sacerdote e missionário e por isso nos alegramos ao vê-lo incluído entre os que receberão o cêntuplo  e a vida eterna.
Obrigado por nos enriquecer com seu edificante testemunho de vida. Parabéns pela fidelidade e perseverança de seu Jubileu de Ouro Sacerdotal  

Com Maria, a Mãe especialíssima dos sacerdotes, que lhe é hoje e sempre, Mãe, Auxiliadora e Mestra, nossos votos de muitos anos felizes de benéfico ministério.
Fraternalmente em Cristo,

  
                                                                   Dom Fernando Legal, SDB 
                                                                   Bispo Emérito de São Miguel Paulista,                                                                                                                                                                                                                                                                                              

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Santuário da Mãe Aparecida, Padroeira do Brasil

Santuário de Aparecida - Devoção a Nossa Senhora 
Romeiros de Aparecida - Recordes de 2012


 
A movientação de peregrinos ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, na cidade de Aparecida, Estado de São Paulo, durante o ano de 2012 atindiu 11 milhões, 114 e 639 de pesoas, batendo todos os recordes anteriores.

Este número foi maior do que o do ano passado (2011), quando o Santuário recebeu 10 milhões e 900 mil fiéis. Setembro de 2012, foi o mês de maior movimentação, quando o Santuário acolheu 01 milhão 298 mil e 56 fiéis peregrinos.

Esta multidão de peregrinos, que continuamente buscam com emocionante piedade, a Casa da Mãe Aparecida, testemunha a confiança filial que nEla depositam e registram a  longa e abençoada caminhada histórica de sua devoção entre nós.

É evidente a presença materna da Mãe Aparecida, na terra de Santa Cruz, inserida com admiravel destaque no mistério de Cristo, Deus e Salvador, como protetora e celeste intercessora do Povo Brasileiro junto de Deus.

Esta caminhada histórica, tive sua origem ha mais de três séculos, por volta de 1717, quando a pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada pelos pescadores Domingos Martins Garcia, João Alves e Filipe Pedroso nas águas do rio Pataiba do Sul, na região de Guaratinguetá, no estado de São Paulo.

Depois de bastante tempo sem nada pescarem, um deles, João Alves trouxe em sua rede parte correspondente ao corpo da imagem. A partir daí a pesca tornou abundante. Felizes os três pescadores voltaram para casa trazendo consigo a imagem e contando a todos o milagre que haviam vivido.

Interessante notar que o culto de Nossa Senhora Aparecida nasceu e paulatinamente cresceu no meio do povo, posteriormente foi sendo assumido, tendo por volta do ano de 1745 sua primeira igreja oficial, em torno da qual viria nascer o povoado de Aparecida.

Continuando a caminhada, chega o momento em que a devoção e o culto de Nossa Senhora Aparecida atinge tal proporção e significado junto ao povo que é escolhida  como especial Padroeira do Brasil, que se coloca confiante sob sua materna proteção de poderosa intercessora junto de Deus, sendo solenemente coroada.

O atual Santuario Nacional com a capacidade de acolher 45.000 romeiros de Nossa Senhora, é uma resposta à necessidade de acolhida dos milhões de peregrinos que anualmente visitam a Casa da Mãe.

Em sua primeira visita pastoral ao Brasil, o Beato João de Deus, Papa João Paulo II, em 04 de julho de 1980 consagrou esse Santuario Nacional de Nossa Senhora Aparecida, concedendo-lhe o título de Basílica.

É salutar vivenciar com Fé e Amor a presença de Maria entre nós aprofundando o conhecimento da vida e a missão na Igreja e no Mundo. Como a nova Eva, esta ela inserida no Mistério de seu divino Filho Jesus, o novo Adão. nosso Deus e Salvador.

Na cruz, Jesus nosso Deus e Salvador, apresenta Maria como nossa Mãe, na pessoa de João Evangelista: "Jesus ao ver sua Mãe e, ao lado dela o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, eis o teu filho. Depois disse ao discípulo: "Eis a tua mãe" (Jo 19, 26s).

Entre nós, nas águas do rio Paraiba, Maria se apresenta como Mãe carinhosa do povo brasileiro, com um sinal simples, pobre e humilte, como é a pequenina a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Já na Encarnação, ao conceber em seu seio virginal, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito Carne, Jesus Cristo, Cabeça do Corpo Mistico, que é a Igreja, Ela misticamente também concebeu a todos nós, tornando-se nossa Mãe, uma vez que como membros, formamos com Cristo Cabeça um só e mesmo Corpo, (Ef 1, 22s / 1Co 12).

Ensina-nos Lucas, na visita de Maria a Isabel, que sem o Espírito Santo é simplismente impossivel reconhecer e aceitar a maternidade divina de Maria: "... e Isabel ficou repleta do Espirito Santo. Com voz forte ela exclamou: Bendita es Tu entre as  mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Como mereço que a Mãe do meu Senhor venha me visitar?" (Lc 1, 41-43).   

Este ato de Fé na maternidade divina de Maria acontece pela revelação do Espírito Santo, comprovada pela purificação de João Batista ainda no ventre de Isabel: "Logo que a tua saudação ressoou nos meus ovidos, o menino pulou de alegria no meu ventre" (Lc 1, 44).  
Diante da profissão de Fé de Pedro, ao reconhecer a divindade de Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,...16), o próprio Jesus Cristo afirma  essa necessidade absoluta da revelação para chegarmos ao conhecimento das verdades de Fé: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que esta no céu: " (Mt 16, 17).

Por esta razão, a Igreja que Jesus fundou sobre a rocha que é Pedro e seus Sucessores: "Por isso eu te digo, tu és Pedro e sobre essa rocha construirei a minha Igre e as forças do inferno não vence-la" (Mt 16, 18), tem Maria como a criatura, entre todas a mais excelente, profundamente inserida no Misterio de Cristo e a Ele unida de modo inseparavel.

È esta a doutrina que encontramos na eclesiologia do Concílio Vaticano II,
particularmente na "Constituição Dogmática Lumen Gentium", magistralmente contida no capítulo VIII, com o sugestivo título: "A Bem Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja".

É precisamente isto que nossa gente, agraciada com o dom da Fé Catolica, entende com segurança e vive com amor na sua filial devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Com tantos sérios desafios, a Terra de Santa Cruz encontra em sua celeste Padroeira, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, garantia de um futuro que o liberte de todo mal. Amem