segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PENTECOSTES - O ESPIRITO SANTO NA IGREJA

PENTECOSTES - O ESPIRITO SANTO NA IGREJA

A nós descei divina luz,
Em nossas almas acendei
O amor de Jesus
Enviai o vosso Espírito

E renovai a face da terra

Vinde todos adorá-lo

A celebração de Pentecostes torna presente na Igreja e no mundo um momento singular do mistério salvífico de Cristo, ou seja, a manifestação da universalidade da vontade salvifica de Deus Pai, uma vez que a salvação tem como destinatário toda criatura humana: de todos os tempos, de todos os lugares, de todas as culturas, de todas raças e nações, “e toda a carne verá a salvação de Deus” (Lc 3, 6), e ainda “Pois a graça salvadora de Deus, manifestou-se a toda a humanidade" (Tt 2, 11)


Em sua primeira viagem, Paulo e Barnabé, estando em Antioquia, diante da oposição dos judeus, que ensinavam: “Se não fordes circuncidados, como ordena a Lei de Moises, não podereis ser salvos” (At 15, 1), os não judeus da cidade, que maciçamente aderiram à Palavra do Senhor, alegraram-se ao ouvirem desses apóstolos: ”Pois esta é a ordem que o Senhor nos deu: Eu te constitui como luz das nações, para levares a salvação até os confins da terra” (At 13, 47).

Assim se manifesta a universalidade da vontade salvífica de Deus, que é radicalmente inclusiva, opondo-se a qualquer tipo de exclusão.


Tal doutrina ficou definida, quando em Jerusalém, na reunião dos Apóstolos depois de longa discussão: "Pedro levantou-se e falou: Irmãos, vos sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu dentre vos, para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra da Boa Nova e abraçassem a fé. Ora Deus, que conhece os corações, lhes prestou uma comprovação, dando-lhes o Espírito Santo, como o deu a nós. E não fez discriminação entre nós e eles, mas purificou o coração deles mediante a fé... Ao contrario é pela graça do Senhor Jesus que cremos ter sido salvos, exatamente como eles" (At 15, 7-12).

Essa universalidade da vontade salvífica de Deus, é garantida pela perenidade da Missão do Divino Salvador, que a partir de sua gloriosa ascensão, não nos deixa órfãos, mas nos envia o Espírito Santo, precisamente para que essa vontade universal de Deus, aconteça realmente.

De fato, uma vez cumprida a Missão que o Pai lhe confiara, o Salvador volta para junto d'Ele e de junto dEle envia o Espírito Santo, consolidando e perenizando Sua Missão.

O Ano Litúrgico, ao celebrar o mistério integral de Cristo, vivencia por etapas, dentro de um processo evolutivo, os acontecimentos mais significativos desse mesmo mistério.

Nessa perspectiva, a festa de Pentecostes, torna presente no hoje da historia o dom do Espírito Santo à Igreja, Corpo Místico de Cristo, que nEla permanece até o fim dos tempos, para concretizar a perenidade da missão de Cristo, e realizar a universalidade da Vontade Salvífica de Deus, conforme o texto do evanglho de São João:

“Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora. Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiara em toda verdade. Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque recebera do que é meu para vos anunciar”
(Jô, 16, 12-14).

Pentecostes é a Epifania da Igreja, que uma fez manifestada a uma multidão, na pessoa dos Apóstolos e Discípulos, inicia sua peregrinação terrena, através dos séculos:


Mas recebereis o poder do Espírito Santo que vira sobre vos, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Sumária, até os confins da terra” (At 1, 8)


Com o Espirito Santo é oferecida, pela mediação da Igreja, a salvação a todo ser humano, a humanidade inteira indiscriminadamente, como se encontra no envio feito por Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado, será salvo. Quem não Crer será condenado” (Mc 16, 15s.).

Celebrar o Dia de Pentecostes é muito mais do que simplesmente comemorar o acontecimento de um passado longínquo trata-se de tornar presente na Igreja e no Mundo, o mistério celebrado, como graça da Ação Salvifica de Cristo, nosso Deus e Salvador.

Professando nossa fé em um só Deus, na unidade das três Pessoas Divinas, tudo que atribuimos a uma dElas, se refere igualmente a um único Deus, como encontramos no prefácio da missa da Santíssima Trindade: “Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso. Com vosso Filho único e o Espírito Santo sois um só Deus e um só Senhor. Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus. Tudo o que revelaste e nós cremos a respeito da vossa glória atribuímos igualmente ao Filho e ao Espírito Santo. E, proclamando que sois o Deus eterno e verdadeiro, adoramos cada uma das pessoas, na mesma natureza e igual majestade” (Missal Romano, Paulus Editora, pg 379).

Assim Deus, como tal é; Criador, Redentor e Santificador, mas atribuimos ao Pai a criação (Deus Criador); atribuimos ao Filho a redenção (Deus Retentor) e atribuimos ao Espirito Santo a santificação (Deus Santificador).

Na encarnação: "Quando se completou o tempo previsto, o Pai envia seu Filho, nascido de mulher...para recebermos a dignidade de filhos. E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espirito de do seu Filho que clama Abá, Pai...tudo isto por graça de Deus" (Ga 4, 4-7).


O Filho, enviado pelo Pai, assume a natureza humana e pelo Espirito Santo, se fez carne no seio virginal de Maria e habitou entre nós (Jo 1, 14), Jesus de Nazaré, tido como o filho do carpinteiro José, (Mt 13, 55).

O Beato João Paulo II, na enciclica dedicada ao Espírito Santo, inspira-se na fé que a Igreja professa e proclama no Símbolo da Fé Niceno-Constantinololitano promulgado pelos Concílios de Niceia (ano 325) e de Constantinopla (ano 381): "Dominum et vivificantem", Aquele "que é Senhor e dá a vida".

Como membros do Corpo Místico de Cristo, nos tornamos filhos no Filho

(Jo 1, 12s), que é o primogênito de mutos irmãos e nEle também nós fomos concebitos por Maria, vivificados pelo Espírito Santo, Aquele que é Senhor e da a vida.

Esta é a vida de que fala Jesus: "...Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundancia" (Jo 10, 10).).
Acompanhando a Igreja no correr dos século, o Espírito Santo garante sua identidade de Comunidade Evangelizadora, uma Igreja que se evangeliza para evangelizar, tornando-se Discípula e Missionária de Jesus, como no-la apresenta o Documento de Aparecida.


Aos grandes desafios de mudança de época, que o Terceiro Milênio, apenas iniciado, apresenta à Igreja de Cristo, Ela cheia de esperança pela presença operante do Espírito Santo, propõe e assume a Nova Evangelização.


Fazer da Igreja a Casa e a Escola da Comunhão, é a proposta do Beato Papa João Paulo II, para a Ação Evangelizadora da Igreja no Terceiro Milênio.


Sem dúvida que caracterizada pelo um renovado ardor missionário, com novas expressões e com novos métodos e particularmente assistida pelo Espírito Santo, a Igreja crescera como Casa e Escola da Comunhão, colaborando para que o mundo seja mais humano, fraterno e solidario e reine a paz, fruto da justiça.


Enviai, Senhor, sobre os vossos filhos

o Espírito de Santidade



Que o Espirito nos ensine a rezar

Que Ele atraia nossas almas para Deus

Que nossas Almas em fogo se transformem

Pois é ardente o Espirito do Senhor


Para lutar, para vencer a Satã

Nos comunique a força de Deus

Que Ele encha os corações de alegria

E sua paz ilumine nossa fronte



Passo a passo Ele nos guie para Deus

E sua lei grave em nossos corações

Para servir na Igeja Santa do Cristo

E que nos dê a audácia dos Santos