quarta-feira, 1 de setembro de 2010

LIÇÕES DE VIDA

UMA HISTORIA QUE NEM TODOS CONHECEM, MAS QUE NOS LEVAM A PENSAR.

LIÇÕES DE VIDA
AMIGOS PARA SEMPEM

Lições de Vida traduz no concreto do dia a dia de cada um de nós, uma grande verdade: Vivendo e Aprendendo.

A mesma natureza nos é Mestra nesta diuturna aprendizagem.

A natureza como um todo esta em continuo movimento de “de vir”, de crescimento na busca da plenitude do ser e do agir, marcado por um antes e um depois, por uma vida que morre para que novas vidas possam nascer, de um nascer que ao morrer se multiplica.

Entre infindos exemplos, tomemos o exemplo clássico na semeadura, em que a semente morre, passando no interior da terra, por um processo de gestação, por vezes bastante longo, exigente, trabalhoso e até estressante, que ao morrer se multiplique: “Em verdade, em verdade vos digo; Se o grão de trigo, que cai na terra, não morrer, fica só. Se, porém, morrer, produz muito fruto” (Jo 12, 24). É precisamente o que acontece com a semente da laranja, que não sendo laranja, tem em si tudo para ser laranja, uma vez plantada e cultivada.

Do plantio até a colheita, quanta coisa acontece a partir da escolha da semente e do terreno, das exigências próprias para cada tipo de semeadura, da chuva, do clima, do cuidado qualificado do agricultor, até que chegue a colheita e tenhamos a laranja.

A natureza não faz salto, não queima etapas, nada se colhe do dia para noite.

A pessoa humana adulta, é fruto de uma semeadura, em que sua potencialidade, contida no embrião, pelo processo de gestação, desabrocha e amadurece.

Já no útero materno, deste o inicio de nossa existência possuímos potencialmente os componentes essenciais do que seremos, herança genética herdada de nossos antepassados e enriquecida com infinito amor por Deus que nos criou à sua imagem e semelhança, (Gn ).

A qualidade desta gestação, a inserção social adequada, na família e na sociedade, trabalhada pela educação integral, assumidas conscientemente, garantem a identidade personalizada da cada pessoa humana, tornando-a madura, capaz de gerenciar a mesma natureza.

Assim, não seremos meras vitimas passivas de um destino irracional, determinista e inexorável.

Vivendo e Aprendendo, nos enriquecemos reciprocamente enriquecendo também nossas comunidades, tornando a vida bela, fraterna e solidaria, mais humana e mais cristã.

Como as palavras apenas movem, mas são os exemplos que atraem, a seguir ilustro quanto acima escrevi, com um fato, que é uma bela lição de vida, que poderíamos chamar: Da Rivalidade a uma grande Amizade.

O fato ocorreu em Madrí, na Espanha e teve como protagonistas dois grandes e famosos cantores – Plácido Domingo e José Carrera.

Plácido Domingo era madrileno e José Carrera catalão e apresentavam-se juntos para cantar em espetáculos, como bons amigos.

Mas é notória a rivalidade entre matrilenos e catalães, que lutam pela sua autonomia de Madri.

Por questões políticas, os dois tornaram-se inimigos desde 1984, ao ponto de quando solicitados para cantar, em determinados espetáculos, exigiam que constasse nos contratos clausulas que garantissem não atuarem juntos, portanto que o adversário não fosse convidado.

Em 1987, José Carrera se mostrava muito mais implacável que sei rival Plácido Domingo.

Foi quando em um diagnostico médico, José Carrera foi surpreendido por uma terrível leucemia.

Sua luta contra o câncer foi muito difícil, tendo se submetido a diversos procedimentos médicos, inclusive um transplante de medula óssea. Além da hemodiálise que o obrigava a viajar mensalmente aos Estados Unidos.

Nessa situação deixou de trabalhar e apesar de ser dono de uma fortuna razoável, os elevadíssimos custos das viagens e dos tratamentos, consumiram seu patrimônio.

Quando não tinha mais condições financeiras para tratar a doença, conheceu a existência de uma Fundação, em Madrid, cuja finalidade era precisamente apoiar o tratamento de doentes com leucemia.

Graças ao apoio dessa Fundação “Formosa”, José Carrera venceu a doença e voltou a cantar, recebendo os altos cachês que seus espetáculos mereciam.

Então resolveu associar-se à Fundação “Formosa”.

Ao ler os Estatutos dessa Fundação, descobriu que 0 fundador, maior colaborador e Presidente, era Plácido Domingo.

Muito depressa soube Carrera, que Plácido tinha criado essa Fundação para ajudá-lo e que tinha se mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxilio de seu “inimigo”.

Por ocasião de um encontro comovente dos dois, durante um concerto de Plácido Domingo em Madrid, José Carrera, da platéia interrompe o espetáculo, sobe no palco e humildemente se ajoelha aos pés, de seu inimigo e benfeitor, pede desculpas e agradece publicamente.

Plácido o ajuda a levantar-se e um forte abraço sela o inicio de uma grande e bela amizade entre os dois celebres cantores.

Interrogado por um jornalista sobre o porque se dispoz a ajudar um seu concorrente rival, Pacido Domingo responde: porque “UMA VOZ COMO AQUELA NÃO PODIA PERDER-SE”.

Resposta lapidar, com sabedoria rica de valores humanos e diria também cristãos, que apesar de divergências e interesses egoístas, é capaz de separar as coisas e de reconhecer com honestidade e justiça a competência até de um concorrente inimigo.

Ai esta meu amigo uma “LIÇÃO DE VIDA”