terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dia de Finados

OS QUE PARTIRAM....OS QUE CHEGARAM...

Dom Hilário Moser, SDB - Bispo Emérito de Tubarão,SC


Dois de novembro, Dia de Finados. Junto ao jazido dos familiares e amigos que nos deixaram, sentimos saudades de sua presença que já se foi. Sabemos, porém, pela fé em Jesus Ressuscitado – Aquele que é a Vida e a Ressurreição – que eles vivem para sempre e estão junto de nós mais do que nunca. Esses nossos irmãos e irmãs já percorreram o mesmo caminho percorrido por Jesus, que disse: “Saí do Pai e vim ao mundo, agora deixo o mundo e volto para o Pai” (João 16,28). Percorreram o caminho e, ao fim, encontraram o Pai que os acolheu em seus braços.
Iluminados pela fé em Jesus Ressuscitado, nós devemos considerar a morte não tanto como partida, quanto como chegada. Quem não nasceu não sabe nada. Quem já morreu sabe tudo. Quem está a caminho – e esses somos nós – tem que saber olhar para além da barreira da morte e do campo santo, e contemplar, na alegria, o horizonte que se ilumina anunciando a eternidade feliz. Assim, morrer não é propriamente partir, é chegar.
Nesse sentido, em clima de Dia de Finados, vale a pena parar um pouco e meditar na bela reflexão que, anos atrás, alguém me enviou e que, hoje, proponho a você. Aqui está:
“Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de rara beleza. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: ‘Já se foi’. Terá sumido? Evaporado? Não certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua a ser tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato momento em que alguém diz: ‘Já se foi’, haverá outras vozes mais além, a afirmar: ‘Lá vem o veleiro’.
Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível, dizemos: ‘Já se foi’. Terá sumido? Evaporado? Não certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistas persistem dentro do mistério divino. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais se necessita. É assim que, no mesmo instante em que dizemos: ‘Já sei foi’, no além, outro Alguém, dirá: ‘Já está chegando’. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida.
Na vida, cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. O que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Assim, um dia, todos nós partimos, como seres imortais que somos, ao encontro dAquele que nos criou”(Rabino Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas).
Nós, discípulos e discípulas do Senhor, sabemos que Aquele que nos criou é também nosso Pai. E é ao encontro de seu abraço eterno que, durante a vida, estamos caminhando.





Observação: Este artigo é de autoria de Dom Hilário Moser, aqui reproduzido com a devida autorização do autor.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lição de Vida - O Computador

Lição de Vida: Computador SIM, sempre que usado para tornar-se BOM e para fazer o BEM


Esta Lição de Vida nos é tranmitida por Dom Edvaldo G. Amaral SDB(*)

A um médico, durante exame clínico computadorizado, perguntei certa vez: “Doutor, se de repente desaparecessem todos os computadores do mundo, o que vocês iriam fazer?” E o clínico respondeu-me de imediato: “Padre, iríamos para casa descansar, porque nada mais teríamos a fazer nem poderíamos.”

Por esse exemplo fica configurada a absoluta necessidade, - e até diria indispensabilidade - do computador na vida moderna. Sua presença nota-se do consultório médico à sacristia das igrejas, dos escritórios e escolas até os lares, em vários ambientes, inclusive o quarto de dormir, sobretudo dos jovens.

Sua presença é universal, seu uso constante e imprescindível. E agora temos a notícia de que, nas escolas públicas do estado americano de Atlanta, neste ano letivo, que agora começa lá, os alunos não aprenderão mais a escrever o alfabeto e sim a digitá-lo no teclado do computador.

Mas, há algo a refletir sobre esse fenômeno moderno, que transformou nossa cultura. Uma charge, que recebi pela internet, retratava um jovem, sentado diante de um notebook, que interrogava o pai: “Papai, lá em nossa escola, além do velho computador (vejam como eles já chamam o PC...), usamos também o IPad, o IPhone, o Smartphone, o Youtube, o Orkut, o Facebook e outras redes sociais.

E o senhor, papai, que usava em sua escola?” O velho, sentado em sua cadeira de balanço, folheando o diário preferido, respondeu sisudo e circumspecto: “A CABEÇA!”

É assim mesmo... será que na escola de hoje, ainda se usa a CABEÇA? Falando dos pífios resultados do último ENEM, que ela classificou como “desastre do ensino médio”, conhecida revista de divulgação nacional proclamava no título da reportagem, referindo-se aos alunos, que obtiveram tão desastrosos resultados: “É preciso preencher a cabeça deles!”

Fico pensando em Dom Bosco, Pai e Mestre da Juventude, grande Evangelizador dos Jovens, que escreveu tantos livros populares e era periodista das populares “Leituras Católicas”, mensalmente por ele editadas e escritas com caneta de molhar na tinta.

Seus três primeiros biógrafos, Pe. Lemoyne, Pe. Amadei e Pe. Céria, escreveram também à tinta as 3577 páginas dos vinte volumes de suas “Memórias biográficas”.

Talvez o último, Pe. Eugênio Ceria, já terá utilizado a velha e boa máquina de escrever. Dizem também que o último dos cinco ministros, defenestrados no atual governo, teria pedido uma máquina de escrever (teria sido uma velha “Remington”?) para redigir a carta de sua demissão. Será verdade?

O computador é bom, ou melhor, hoje é indispensável. Mas é uma máquina. Apenas uma máquina.

Foi com um deles que escrevi esta matéria e todos os meus opúsculos, a partir do terceiro. É por ele, pela internet, que se envia o artigo escrito à redação dos jornais.

Mas, repito, é apenas uma máquina. Não mais do que uma máquina. E tanto pode servir para o bem, grande bem, como para o mal: para a corrupção dos costumes, para divulgar imagens eróticas, para organizar crimes, para destruir reputações e assim por diante.

Computador, SIM, Mas o Computador para nos ajudar a ser Bons e a fazer o BEM.

(Fonte: Dom Edvaldo G. do Amaral, SDB. Arcebispo Emérito de Maceió).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lições de Vida: O Buraco Negro



"Lição de Vida" - O Buraco Negro


Você vai conhecer agora mais uma bela lição de vida, que nos mostra o que de fato seja educar: Transmitir valores humanos e cristãos, construindo o honesto cidadão e o bom cristão.


Em uma escola, estamos no início de mais um dia de aula. Na sala de aula um grupo de adolescentes aguarda a chegada do professor. O professor chega e é cumprimentado pelos alunos.


Em suas primeiras palavras, o professor anuncia uma inesperada prova de avaliação dos alunos, que perplexos e assustados, se interrogam o porque dessa atitude inusitado do mestre. Tratava-se de uma prova não programada, que os pega de surprêsa e portanto, despreparados.

Sem explicação, o professor passa pelos alunos distribuindo uma folha pedindo que não toquem nela. Uma vez distribuidas as folhas, pede aos alunos que as virem mostrando seu verso.

Então os alunos se encontram diante de uma página em branco com um ponto negro no centro.

Dirigindo-se aos alunos o professor anuncia o conteúdo da prova, elaborar um texto inspirado na folha em branco com um ponto negro no cento.

Depois de certo tempo, as folhas são recolhidas e o professor passou a ler o que nelas estava escrito e comentou: esta prova quer ser apenas, uma Lição de Vida.

E continuou, todos os textos que vocês produziram, se concentraram na interpretação do buraco negro no centro de uma folha em branco, de modo negativo, identificando-o com desgraça, destruição e morte de todo tipo, sem nenhuma referência à página em branco.

No entanto, uma visão positiva nos faz ver que o buraco negro nada mais é que um pequeno espasso da folha que em quase sua totalidade continua sendo uma página em branco.

Isto acontece, quando somos dominados pelo buraco negro, onde tudo em nós e no que fazemos é tido como negativo, quando na realidade coexiste com o pequeno espaço do buraco negro, um enorme espasso repleto de tanta coisa boa e bonita, tornando nossa vida bela, um precioso dom de Deus, prazeirosa em ser vivida e colocada ao serviço da civilização do amor.

Cultivar a auto estima é um antídoto na superação da tentação do terrotismo.

O joio e o trigo é o assunto de uma das parábolas de Jesus, mencionada por Mateus, 13, 24-30 onde o Divino Mestre nos ensina ser:

"O Reino dos Céus é como alguem que semeia a boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio... Os servos perguntaram ao dono: Queres que vamos retirar o joio? Não, disse ele. Pode acontecer que ao retirar o joio, arraqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita..."
A folha branca de nossa historia é o mundo, o buraco negro (o mal), é o joio e o restante da folha branca é o trigo (o bem). Bem e Mal coexistem até que o bem vença o mal.

Conclusão: a certeza da fé nos garante que vivendo num contexto de bem e mal, não seremos derrotados e destruidos pelo mal, buraco negro, o joio, mas que dinamizados pela esperança da vitória do Bem sobre o mal, com corragem faremos valer a boa semente do bem (o trigo), existente em nós, feitos à imagem e semelhança de Deus, e no mundo a maravilhosa obra do infinito podere amor do Divino Criador.


Deus é Amor, Amor que se fez nosso Pai, Pai que nos redimiu em Cristo, libertando-nos do pecado, da morte e todo mal, para que tenhamos vida e a tenhamos em abundância.


Para sua reflexão


01. Você cultiva sua auto estima?


02. Sua auto estima se fundamenta em valores humanos cristãos?


03. Como você administra sua inserção numa realidade marcada pela presença do bem e do mal?


04. Que influência exerce sobre você o bem ou o mal existentes em sua vida?


05. Sua fé lhe da a certeza da vitória final do bem sobre o mal

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PENTECOSTES - O ESPIRITO SANTO NA IGREJA

PENTECOSTES - O ESPIRITO SANTO NA IGREJA

A nós descei divina luz,
Em nossas almas acendei
O amor de Jesus
Enviai o vosso Espírito

E renovai a face da terra

Vinde todos adorá-lo

A celebração de Pentecostes torna presente na Igreja e no mundo um momento singular do mistério salvífico de Cristo, ou seja, a manifestação da universalidade da vontade salvifica de Deus Pai, uma vez que a salvação tem como destinatário toda criatura humana: de todos os tempos, de todos os lugares, de todas as culturas, de todas raças e nações, “e toda a carne verá a salvação de Deus” (Lc 3, 6), e ainda “Pois a graça salvadora de Deus, manifestou-se a toda a humanidade" (Tt 2, 11)


Em sua primeira viagem, Paulo e Barnabé, estando em Antioquia, diante da oposição dos judeus, que ensinavam: “Se não fordes circuncidados, como ordena a Lei de Moises, não podereis ser salvos” (At 15, 1), os não judeus da cidade, que maciçamente aderiram à Palavra do Senhor, alegraram-se ao ouvirem desses apóstolos: ”Pois esta é a ordem que o Senhor nos deu: Eu te constitui como luz das nações, para levares a salvação até os confins da terra” (At 13, 47).

Assim se manifesta a universalidade da vontade salvífica de Deus, que é radicalmente inclusiva, opondo-se a qualquer tipo de exclusão.


Tal doutrina ficou definida, quando em Jerusalém, na reunião dos Apóstolos depois de longa discussão: "Pedro levantou-se e falou: Irmãos, vos sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu dentre vos, para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra da Boa Nova e abraçassem a fé. Ora Deus, que conhece os corações, lhes prestou uma comprovação, dando-lhes o Espírito Santo, como o deu a nós. E não fez discriminação entre nós e eles, mas purificou o coração deles mediante a fé... Ao contrario é pela graça do Senhor Jesus que cremos ter sido salvos, exatamente como eles" (At 15, 7-12).

Essa universalidade da vontade salvífica de Deus, é garantida pela perenidade da Missão do Divino Salvador, que a partir de sua gloriosa ascensão, não nos deixa órfãos, mas nos envia o Espírito Santo, precisamente para que essa vontade universal de Deus, aconteça realmente.

De fato, uma vez cumprida a Missão que o Pai lhe confiara, o Salvador volta para junto d'Ele e de junto dEle envia o Espírito Santo, consolidando e perenizando Sua Missão.

O Ano Litúrgico, ao celebrar o mistério integral de Cristo, vivencia por etapas, dentro de um processo evolutivo, os acontecimentos mais significativos desse mesmo mistério.

Nessa perspectiva, a festa de Pentecostes, torna presente no hoje da historia o dom do Espírito Santo à Igreja, Corpo Místico de Cristo, que nEla permanece até o fim dos tempos, para concretizar a perenidade da missão de Cristo, e realizar a universalidade da Vontade Salvífica de Deus, conforme o texto do evanglho de São João:

“Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora. Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiara em toda verdade. Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque recebera do que é meu para vos anunciar”
(Jô, 16, 12-14).

Pentecostes é a Epifania da Igreja, que uma fez manifestada a uma multidão, na pessoa dos Apóstolos e Discípulos, inicia sua peregrinação terrena, através dos séculos:


Mas recebereis o poder do Espírito Santo que vira sobre vos, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Sumária, até os confins da terra” (At 1, 8)


Com o Espirito Santo é oferecida, pela mediação da Igreja, a salvação a todo ser humano, a humanidade inteira indiscriminadamente, como se encontra no envio feito por Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado, será salvo. Quem não Crer será condenado” (Mc 16, 15s.).

Celebrar o Dia de Pentecostes é muito mais do que simplesmente comemorar o acontecimento de um passado longínquo trata-se de tornar presente na Igreja e no Mundo, o mistério celebrado, como graça da Ação Salvifica de Cristo, nosso Deus e Salvador.

Professando nossa fé em um só Deus, na unidade das três Pessoas Divinas, tudo que atribuimos a uma dElas, se refere igualmente a um único Deus, como encontramos no prefácio da missa da Santíssima Trindade: “Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso. Com vosso Filho único e o Espírito Santo sois um só Deus e um só Senhor. Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus. Tudo o que revelaste e nós cremos a respeito da vossa glória atribuímos igualmente ao Filho e ao Espírito Santo. E, proclamando que sois o Deus eterno e verdadeiro, adoramos cada uma das pessoas, na mesma natureza e igual majestade” (Missal Romano, Paulus Editora, pg 379).

Assim Deus, como tal é; Criador, Redentor e Santificador, mas atribuimos ao Pai a criação (Deus Criador); atribuimos ao Filho a redenção (Deus Retentor) e atribuimos ao Espirito Santo a santificação (Deus Santificador).

Na encarnação: "Quando se completou o tempo previsto, o Pai envia seu Filho, nascido de mulher...para recebermos a dignidade de filhos. E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espirito de do seu Filho que clama Abá, Pai...tudo isto por graça de Deus" (Ga 4, 4-7).


O Filho, enviado pelo Pai, assume a natureza humana e pelo Espirito Santo, se fez carne no seio virginal de Maria e habitou entre nós (Jo 1, 14), Jesus de Nazaré, tido como o filho do carpinteiro José, (Mt 13, 55).

O Beato João Paulo II, na enciclica dedicada ao Espírito Santo, inspira-se na fé que a Igreja professa e proclama no Símbolo da Fé Niceno-Constantinololitano promulgado pelos Concílios de Niceia (ano 325) e de Constantinopla (ano 381): "Dominum et vivificantem", Aquele "que é Senhor e dá a vida".

Como membros do Corpo Místico de Cristo, nos tornamos filhos no Filho

(Jo 1, 12s), que é o primogênito de mutos irmãos e nEle também nós fomos concebitos por Maria, vivificados pelo Espírito Santo, Aquele que é Senhor e da a vida.

Esta é a vida de que fala Jesus: "...Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundancia" (Jo 10, 10).).
Acompanhando a Igreja no correr dos século, o Espírito Santo garante sua identidade de Comunidade Evangelizadora, uma Igreja que se evangeliza para evangelizar, tornando-se Discípula e Missionária de Jesus, como no-la apresenta o Documento de Aparecida.


Aos grandes desafios de mudança de época, que o Terceiro Milênio, apenas iniciado, apresenta à Igreja de Cristo, Ela cheia de esperança pela presença operante do Espírito Santo, propõe e assume a Nova Evangelização.


Fazer da Igreja a Casa e a Escola da Comunhão, é a proposta do Beato Papa João Paulo II, para a Ação Evangelizadora da Igreja no Terceiro Milênio.


Sem dúvida que caracterizada pelo um renovado ardor missionário, com novas expressões e com novos métodos e particularmente assistida pelo Espírito Santo, a Igreja crescera como Casa e Escola da Comunhão, colaborando para que o mundo seja mais humano, fraterno e solidario e reine a paz, fruto da justiça.


Enviai, Senhor, sobre os vossos filhos

o Espírito de Santidade



Que o Espirito nos ensine a rezar

Que Ele atraia nossas almas para Deus

Que nossas Almas em fogo se transformem

Pois é ardente o Espirito do Senhor


Para lutar, para vencer a Satã

Nos comunique a força de Deus

Que Ele encha os corações de alegria

E sua paz ilumine nossa fronte



Passo a passo Ele nos guie para Deus

E sua lei grave em nossos corações

Para servir na Igeja Santa do Cristo

E que nos dê a audácia dos Santos

domingo, 24 de abril de 2011

FELICITAÇÕES PASCAIS

FELIZ E SANTA PÁSCOA - 2011




CRISTO RESSUSCITOU E SEU POVO ILUMINOU,




POVO QUE ELE REMIU COM O SEU SANGUE ALELUIA


Em sua mensagem por ocasião da reza do "Regina Caeli" em 11 de abril de 2010, Bento XVI nos inclui entre os felizes destinatários da primeira aparição de Jesus aos seus Apóstolos, ao anoitecer do mesmo dia de sua Ressurreição (Jo 20, 19).

"A VISITA DO RESSUSCITADO NÃO SE LIMITA AO ESPAÇO DO CENÁCULO, MAS VAI ALÉM, PARA QUE TODOS POSSAM RECEBER O DOM DA PAZ E DA VIDA COM O "SOPRO CRIADOR".


E o Vigário de Cristo, nos lembra que nesta Aparição aos seus Apóstolos, o Ressuscitado entrando onde eles estavam reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus, colocou-se no meio deles ofertou-lhes o DOM DA PAZ E O DOM DA VIDA:
O DOM DA PAZ: "A PAZ ESTEJA CONVOSCO": (J0 20,19),


O DOM DA VIDA: "... TENHAM A VIDA EM SEU NOME": (Jo. 20,31),


POR CREREM QUE JESUS É O CRISTO, O FILHO DE DEUS,

Incluidos por Bento XVI, entre os Apóstolo no Cenáculo, com eles somos enviados com a mesma MISSÃO, que é também a da propria MISSÃO Igreja, prenemente assistida pelo Paráclito.

Maria Madalena e a outra Maria, depois do sábado, na madrugada do primeiro dia da semana, foram ver o sepulcro. De repente, houve um grande terremoto e o anjo do Senhor desce do céu e se aproxima e remove a pedra e senta-se sôbre ela. Então o anjo falou às Mulheres:


"Vós não precisais ter medo. Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui. Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que Ele estava.


IDE DEPRESSA CONTAR AOS DISCÍPULOS:


ELE RESSUSCITOU DOS MORTOS E VAI À SUA FRENTE


PARA A GALILÉIA. LÁ O VEREIS ": (Mt 28, 5-7)


Na alegria da Ressurreição do Senhor Jesus, com fraterno afeto e de todo coração, desejo a voce que me honra acolhendo meu blog "O PÚLPITO DE UM BISPO EMÉRITO" e a quantos lhe são caros, UMA SANTA E FELIZ PÁSCOA, 2011.

Dom Fernando Legal, SDB
Bispo Emérito de São Miguel Paulista

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

LIÇÕES DE VIDA

Lições de Vida: Sinais de Esperança.

A Recuperação dos valores Humanos e Cristãos na superação da Violência

"Lições de Vida" recolhe no dia a dia das pessoas manifestações que retratam a beleza da vida, a alegria de viver, mesmo em situações adversas, como é o caso da violência, "Esperando contra toda esperança, ele (Abraão), firmou-se na fé..." (Rom 4, 18).

"Lições de Vida", é ter esperança de dias melhores, na certeza sedimentada na fé, como garantia de que a vida sempre pode ser diferente, isto é, ser melhor, uma vez que passe por um processo humano e cristão que recupere valores capazes de fazer do ser humano um forjador da paz, na civilização do amor

Toda moeda, por mais preciosa que seja, tem duas faces.


No caso do atual tecido social, temos de um lado da moeda, a marca da espiral da violência, cuja superação não acontece, apesar de todo esforço para superá-la, tanto por parte da sociedade civil, como por parte do poder publico.

Felizmente, temos de outro lado da moeda, a marca da beleza da vida. De fato, a vida é bela e vale apena investir nela o melhor que somos e temos, pois cremos ser ela o primeiro e mais importante valor da pessoa humana a nos proporcionar condições eficazes de superação da violência.

Se na primeira face da moeda, somos tentados pelo desânimo a aceitar a derrota na luta contra a violência, optando pela deserção, quase que dando como certa a supremacia do mal sobre o bem, do odio sobre o amor, como se a situação de violência que vivemos seja irreversivel.

Por outro lado, embora a cada instante percebamos o crescimento da violência, como uma assustadora espiral, que se difunde por toda parte, atingindo indiscriminadamente todo tipo de pessoa e instituição, superando os limites da racionalidade, cresce em nós a esperança da possibilidade de reverter esta situação, diante de gestos concretos de respeito mutuo e de humana solidariedade, que acontecem entre as pessoas, conscientes de que foram criadas por amor e para o amor, à imagem de seu Divino Criador.

A sociedade terá garantida sua sobrevivência na medida em que for superada a espiral da violência, pela recuperação dos valores humanos e cristãos, cultivados pela autentica educação, que não se reduz meramente ao ensino mas sobretudo, faz com que o educando desenvolva harmoniosamente todas as dimenssões de sua personalidade como se deu com o Verbo feito Homem: "Jesus progredia em saber, em estaturs e no favor de Deus e dos Homens" (Lc 2, 52).

A "Lição de Vida" desta reflexão, vem de um jovem pai, num gesto simples, de rico conteudo educativo, de quem é por natureza, o primeiro e mais importante educador do filhinho de tenra idade que tras no colo. E aconteceu na casa da Mãe Aparecdia.

Desconheço seu nome nem sei donde veio, nem sei se teve a rara sorte de frequentar univeridades e possuir titulos acadêmicos, sei apenas que se trata de um dos milhões de brasileiros, devotos da Mãe Aparecida, que cada ano são acolhidos por Ela em sua casa para pedir ou agradecer a poderosa intercessão da Padroeira do Brasil, junto do Pai do Céu. que cuida com infinito amor especialmente dos pobres, dramaticamente exprorados e marginalizados por uma sociedade egoista e gananciosa.

Talvez esse papai, como a grande parte dos trabalhadores desse nosso Brasil, estivesse desempregado ou ganhasse um minguado salario minimo, ou ainda, fosse socorrido por palhativos sociais que atestam o quanto esta longe de ser justo, esse salario chamado minimo.
Sei apenas que se trata de um audentico educador, qualificado pela escola da vida e habilitado pelo dom da paternidade, que o fezeram instrumento do amor criador de Deus, no filhinho que trazia no colo, com a desafiante missão de fazer dele um bom cristão e um honesto cidadão.



Foi precisamente desse jovem Pai que aprendi uma inesquecivel "Lição de Vida", numa tarde de fevereiro passado, no Santuário Nacional de Aparecida.




Tomado por intensa emoção, encontrava-me diante da pequenina imagem negra de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, admirando os romeiros, que piedosamente passavam por Ela, num eloquente testemunho de piedade simples de humildes pessoas, que ali cheios de fé, agradeciam ou pediam a intercesão da Mãe de Deus.

Como foi bom estar ali, junto da Mãe Maria, sentindo o calor humano na grandeza da fé catolica, superando o desânimo e adquirindo renovado ardor missionário, que nos relançam na luta pela paz e contra qualquer tipo de violência.

Foi nesse contexto, que passa por mim o jovem pai trazendo carinhosamente nos braços o filhinho de tenra idade e ao chegar diante da imagem, com o dedo indicador de sua mão estendida, aponta para a criança a veneranda imagem.

Instintivamente o gesto do pai é logo imitado pelo filhinho que também estende sua fragilmãozinha apontando para Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

No silencio dos gestos desse pai e de seu filhinho, brilha a luz da Palavra de Deus, "Lampada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho" (Sl 119, 105), e percebo certa sintonia com o texto de São João que ao ver JESUS, O mostra a dois de seus discipulos dizendo: "...Eis o Cordeiro de Deus! Os dois discipulos ouviram essa declaração de João e passaram a seguir Jesus. Jesus voltou-se para tras e ,vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Eles responderam Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? Ele respondeu vinde e vede. Foram, viram onde morava e permaneceram com Ele aquele dia. Era por volta das quatro horas da tarde" (Jo 1, 36-39).

Conservadas as devidas proporções, o papai mostra ao filhinho a imagem da Mãe Aparecida à semelhança do Batista, que mostra aos seus dois discipulos o Divino Mestre.

Esperamos que como os discipulos do Batista, este pequeno romeiro de Aparecida, chegue a Jesus, conheça sua morada, com Ele permaneça e vivencie pela vida a fora a lição de seu papai.
Sentindo-se feliz, por ter seguido os passos de bom cristão e honesto cidadão do pai que Deus lhe deu, possa agradecer-lhe a rica "Lição de Vida" dele recebida na manhã de fevereiro deste ano, em Aparecida, ao indicar-lhe Maria como caminho eficaz para a verdadeira felicidade, Cristo Jesus..

Para os pais e demais educadores ainda vale e é atual a "Lição de Vida": "A criança é o barro mole, nas mãos do educador, que como o oleiro colabora para a felicidade ou desgraça de seu educando".

Dom Fernando Legal, SDB